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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Reflexões (a pedido)


A pedido do autor em comentário no post anterior (Porque ser comunista) coloco abaixo seu texto, o original encontra-se no blog Informação Incorrecta

Reflexões

Dinheiro, política, sociedade, história, religião, filosofia e conspiração.


Este é um blog em que se fala frequentemente destas coisas, e por isso, talvez o lugar ideal para afixar este meu texto. Pedi ao Max que o fizesse…se o estiverem a ler no blog dele, é porque ele consentiu. E obrigado ao Max, nesse caso.


Escrevi este texto porque vejo necessidade de expor algo que envolve estes quatro temas e que não vi ainda bem explicado em nenhum sítio…ou melhor, ver vi, em muito sítio, mas de formas tão desenvolvidas e em número tão crescente (e por vezes, tão carregadas daquilo a que hoje se chama desinformação) que por vezes as ideias principais a reter se
perdiam no meio da confusão… Decidi portanto, minimizar um pouco esse problema, e simultaneamente, lançar mais uma acha na fogueira do debate, ao partilhar a minha visão das coisas, centrando-me no essencial. Se gostarem, obrigado…se não gostarem, paciência.


Comecemos pelo dinheiro. Já ouvi toda a espécie de teorias económicas, sobre a
melhor forma de lidar com o dinheiro, sobre a melhor forma de o fazer circular, sobre os princípios a partir dos quais a sua redistribuição deve ser feita…mas há uma coisa em que nunca, ou quase nunca se pensa. É que, para lidarmos com algo, devemos começar sempre por ter uma ideia concreta daquilo com que afinal, estamos a lidar…em que consiste, enfim, aquilo com que se lida. E com o dinheiro não é exceção. Lidamos com ele todos os dias, mas afinal…o que é ele? A que é que “corresponde”? Estamos tão habituados a ele que nem fazemos esta pergunta! E quanto a mim, a resposta pode surpreender…

“O que é o dinheiro? É fácil: é moeda de troca, olhe que pergunta!”, responderão alguns. Bem, até aí já todos tínhamos percebido…é mais ou menos o mesmo que ler num livro uma frase que não percebemos, perguntar a alguém “O que significa esta frase?” e responderem: “Ora essa, significa um conjunto de palavras! Que outra coisa é que essa frase
 havia de significar?!”. Resposta erudita, sem dúvida, mas ficamos na mesma sem perceber o que é que a frase quer dizer. Bem, com o dinheiro é o mesmo: que é moeda de troca já nós todos sabemos, mas em que consiste ela, afinal de contas? É a pergunta que eu faço.


Vamos fazer um pequeno exercício de cronologia reversiva para tentarmos chegar à resposta. Assim tipo “máquina do tempo”. Comecemos pelos tempos de hoje. O que é o
 dinheiro hoje? Resposta: é cada vez mais informação eletrónica. Enormes conjuntos de zeros e uns gravados em dispositivos feitos de silício. Bem, mas para existirem, têm de significar alguma coisa de valioso, só por si não são nada. A que correspondem por sua vez? Recuamos um pouco mais e encontramos a resposta: a notas e moedas. Retângulos de papel impresso e rodelinhas de metal desenhadas. Quer dizer, corresponder não correspondem…se correspondessem, haveria tantos papelinhos e rodelinhas como aqueles que os zeros e uns procuram representar, mas há apenas uma pequena parte.


(Procurem informação sobre a maneira legalmente corrupta que os bancos têm de criar dinheiro do nada e perceberão com mais clareza esta última frase. Conseguem encontrá-la neste mesmo blog.)


Bem…mas a que correspondem os papelinhos e as rodelinhas? Só por si também não
são nada… Carreguemos uma vez mais no botão “rewind”: Ah!... Correspondem a ouro! Meras pedrinhas amarelas e brilhantes saídas do chão! Quer dizer, corresponder também não correspondem…se correspondessem, os papelinhos e rodelinhas valeriam tanto como as pedrinhas, e afinal, os papelinhos e as rodelinhas têm valor por si próprios.

(Procurem informação sobre a corja de Jekkyl Island que permitiu tal coisa e também compreenderão melhor esta última frase. Também a conseguem encontrar neste blog.)


Mas nesse caso a que é que as pedrinhas brilhantes correspondem, afinal? Porquê tanto fascínio pelo ouro? É só por ser raro? Mas só ser raro não serve para coisa nenhuma!
 Quando algo é precioso por ser raro, é porque é importante para alguma coisa que lhe explica a sua importância quando em tempos de escassez! A comida, por exemplo, quando é escassa, sobe de preço por as pessoas precisarem dela para viver! O ferro, o cobre e os restantes metais, são mais importantes que o ouro, são precisos para muita coisa, se escasseassem não admira que o preço subisse! Mas o ouro não é preciso para nada!... É apenas mais escasso!…
 Mesmo se não fosse escasso, não estou a ver que utilidade lhe dariam!... Se ele fosse escasso mas servisse para alguma coisa, compreendia-se, estava-se a lidar com a escassez de algo importante para alguma coisa, mas o ouro não serve para nada a não ser…ser somente precioso e bonito! Não, para lhe darem tanto valor, é porque deve corresponder a alguma coisa deveras importante…mas a quê?


Engatemos novamente a marcha a ré. E a resposta é: corresponde sim…corresponde ao que é necessário para manter uma ideia que está na cabeça das pessoas, e que prevalece até hoje. E essa ideia é valiosíssima, mas só para alguns…é por isso que esses alguns a tentam fazer prevalecer por todos os meios, apesar de estar, hoje em dia, a ser contestada por mais e mais gente.


“E que ideia é essa?” É a ideia de que, para uma sociedade poder funcionar, todos têm que pagar alguma coisa! “Mas nós não temos?” Sim, temos, mas apenas porque programaram a sociedade para funcionar assim. Não tem necessariamente que funcionar assim. “Mas usufruir das coisas e fazê-las funcionar sem pagar não é como roubar?” Não necessariamente…e é isso que os poderosos deste mundo não querem que se descubra, pois lá se ia o poder deles pelo autoclismo abaixo.


É que, ao contrário do que as pessoas pensam, o dinheiro não é realmente o instrumento principal de um sistema de trocas…é o instrumento principal de um sistema de
 controlo disfarçado de sistema de trocas! Deste modo, as pessoas vêem esse sistema como indispensável e não percebem que estão, na realidade, a serem apenas manipuladas!


“Mas de que é que você está a falar? O mundo sempre funcionou assim, não há manipulação nenhuma!” Se você pensou isto, é com certeza um novato neste tipo de assuntos…é sempre difícil explicar isto a quem ouve pela primeira vez. E no entanto, as máscaras caem de dia para dia.

O dinheiro não passa de algo que uns poucos “manda-chuvas” da antiguidade inventaram para fazerem as pessoas precisar, e assim, mantê-las sob controlo. Assim tipo:
 “Declaro que daqui em diante, todos vocês, para viverem, vão precisar daquilo que só eu, mero mortal como vós, posso pôr em circulação, para vos tornar ainda mais dependentes de mim.” Claro que não foi isto que disseram, se dissessem estavam tramados, mas a intenção foi esta. E não me venham dizer que foi só para resolver as inconveniências do velho sistema de troca de géneros, que quem não é novato neste tipo de assuntos sabe que pensar dessa maneira é ser ingénuo. E, como a fórmula funcionou…os manda-chuvas de hoje (que, não por acaso, até descendem dos de antigamente) continuam a servir-se dela.


“Mas, uma vez que o sistema é este, ter dinheiro é libertador!” De certeza? É que ao pensar dessa maneira, está somente a prolongar o jogo dos donos do dinheiro, e nunca
 perceberá que o dinheiro só liberta dentro da prisão a que confina. Por um lado, só se pode fazer o que dá dinheiro (se não a nós, a mais alguém). Por outro, só se pode fazer aquilo para que o dinheiro chega. Só se pode fazer, pois, aquilo que o dinheiro permite. E estamos limitados a essa escala. Numa prisão, a única maneira de nos sentirmos libertos é fazendo
 qualquer joguinho com os companheiros prisionais, indo ao ginásio prisional, ou indo à biblioteca da prisão. Não há dúvida que liberta, mas não era melhor fazer esse tipo de coisas fora da prisão, onde se pode fazer até muito mais?...


Se o dinheiro tem a pretensão de tornar a economia mais fluida, para que tudo chegue onde deve chegar mais rapidamente, então porque é que as coisas só chegam sempre aos mesmos sítios e pessoas? Porque só pode chegar onde também há dinheiro! É preciso ganhá-lo, e quem não pode ganhar, bem pode morrer à fome e ao relento. Na cabeça das pessoas, quem não ganha dinheiro, nem o tem para gastar, não serve para nada. E a lógica de funcionamento do dinheiro cria cada vez mais situações dessas.


Deixem-me referir, quanto a mim, a situação mais absurda que o dinheiro cria: olhem bem para o mercado imobiliário…montes de casas vazias e ninguém pode ir morar nelas,
 montes de pessoas a dormirem na rua e não podem ir para casa nenhuma. Isto é um absurdo. Só faz sentido segundo a lógica de funcionamento do dinheiro, onde há sempre alguém que tem de pagar e alguém que tem de receber. Mas como essa lógica é baseada em dinheiro, que
 também é absurdo, o que temos é um absurdo saído de outro, ou construído em cima de outro. Um absurdo ao quadrado, portanto.


“Mas você quer o quê? Que tudo seja de graça?” Suponham esta situação: imaginem que todo o dinheiro do mundo desaparecia de um dia para o outro. Acham que a humanidade estava impedida de funcionar só por causa disso? Claro que não! Continuava a ter todos os
 recursos que precisava para continuar viva, só dinheiro é que não! Era apenas uma questão de utilizar de maneira correcta os recursos de que dispunha! Não fazer as coisas por dinheiro, fazer porque era preciso que se fizesse e era preciso atitude! “Mas ia ser o caos! As pessoas não percebem as coisas dessa maneira, iam roubar, matar, para ter o que precisavam!” Isso é outra questão. Eu não perguntei se as pessoas percebiam ou não que o dinheiro não era
 preciso. Perguntei se a humanidade estava impedida de funcionar – independentemente de o perceber ou não. E não, não estava. As pessoas é que, tristemente, não percebem isso. Que não precisavam de dinheiro para continuarem a sobreviver. E se podiam agir sem dinheiro numa situação como a que descrevi, também podiam agir da mesma maneira agora! Afinal, tentar sobreviver não é o que fazemos todos os dias?


O dinheiro só impede as coisas de funcionar como devem para sobrevivermos! Reparem numa coisa: quem luta pela sobrevivência são os animais irracionais. Nós, humanos,
 que somos racionais, ironicamente ainda não conseguimos ultrapassar isso. Pelo contrário, estarmos sempre a ter que competir uns contra os outros só por ter que conseguir dinheiro, uma vez que o dinheiro está feito o garante da sobrevivência… É darwinismo social…sobrevivem não os mais fortes nem os mais inteligentes, mas apenas os mais aptos, ou seja, quem consegue mais dinheiro. E quem é que consegue mais dinheiro? Os que trabalham para quem já o tem a rodos. E que tipo de trabalho é esse? Frequentemente, é explorar todo o tipo de coisas que levam a imbecilizar e imoralizar ainda mais a população… “Compre mais um
 telemóvel topo de gama (caríssimo e com software de espiolhanço lá dentro)! O seu carro tem já 5 anos, compre um novo (pagando a outros 40)! Compre mais uma peça de roupa deste marca ou deste estilista (cada vez mais iguais ao que se costuma ver, mas vendidas a um preço
 não sei quantas vezes maior)! Compre um CD ou vá a um concerto deste/a cantor/a (para quem todos olham não por cantar alguma coisa de jeito, mas por ter apenas um corpinho vistoso, e que ainda para mais inclui uma dúzia de mensagens subliminais em cada tema)! E porque é que você precisa de tudo isto? Porque se todos desejarem coisas dessas e você as tiver, você também vai ser desejável, para poder praticar sexo com toda a gente! Não é o que
 você vê na televisão? No cinema? Nas revistas? Nos livros? Você tem que fazer igual ao que vê fazer, chama-se a isso estar integrado, ser parte da normalidade!” Puro mundanismo maquilhado de auto-afirmação. Fazer-nos pensar que nos tornamos pessoas melhores se
 triunfarmos na base da competição, e apenas em relação a coisas que são puro materialismo, consumismo, secularismo…chamem-lhe o que quiserem...


Escrever este texto está-me a fazer lembrar a letra daquele velho clássico de Chris Isaak, “Wicked Game”: “I don’t want to fall in love…this world is only gonna break your heart…nobody loves no one…” Para além de fazer lembrar desta. E também desta. E desta outra. E ainda esta. (Cuidado com eventuais mensagens subliminais dos videoclipes.) Tristeza…


O dinheiro não é a solução, é a causa do problema, é um dos grandes fardos que carregamos aos ombros! Se a sociedade está metida num problema, não se pode resolver esse
problema recorrendo à mesma coisa que o criou! É preciso pensar de forma diferente!


“Espere lá, mas você está a defender o quê? Comunismo? Isso já se viu que não funciona! E com base em quê? Bondade? Gratuitidade? Moralidade? Não seja ridículo!” Bem se vê que não está a par das vozes que se têm vindo a levantar, caro/a leitor/a…


Mas vamos por partes: “Comunismo?” Depende do tipo de comunismo a que se refere! Aquilo que se viu na União Soviética não foi comunismo nenhum…foi usar o
 comunismo como desculpa para, primeiro, instaurar a mesma cabala que se via deste lado do globo (e que se vê hoje com mais precisão), em que os governantes enriquecem à custa do povo. E segundo, descredibilizar o comunismo ao desmascarar essa cabala apenas em relação ao comunismo enquanto o capitalismo passa intacto. Deste modo, a cabala continua, e a alternativa fica com mau nome e, portanto, atirada para trás das costas. E já agora, faço mais uma observação…a URSS funcionava a punho de ferro, tal como o regime nazi: poder centralizado, ditadura militar, estado policial, campos de concentração, etc.. E nenhum regime,
seja de esquerda ou de direita, vale a pena se for a punho de ferro.


“Isso já se viu que não funciona?” As pessoas não gostam do comunismo pela imagem terrível que deu no passado, mas o comunismo está mais presente do que se pensa… Senão
 vejamos: o grande ideal de comunismo é “de todos consoante as possibilidades, a todos consoante as necessidades”, não é. Eu pergunto: a segurança social, é o quê? E o mais irónico de tudo, a segurança social foi inventada na Alemanha, no fim da 2ª. guerra mundial, para
 impedir que a Alemanha degenerasse toda em comunismo! Assim, só metade dos que estavam na Alemanha (a metade que ficou para lá do muro de Berlim) é que se manteve no
 comunismo. Esses eram os comunistas radicais. Porque a metade que continuou do lado de cá se calhar lá percebeu que se o regime capitalista era capaz de instaurar uma medida de proteção económica individual com base num princípio comunista, era porque se calhar não era tão explorativo assim…ou melhor, foi toda a gente convencida disso, e assim, foi dado o benefício da dúvida ao sistema…mas este assunto dá pano para mangas. Passemos à frente.


“Bondade, gratuitidade e moralidade?” Falamos agora de princípios cristãos e religiosos. Os comunistas soviéticos diziam que “a religião era o ópio do povo”…no entanto, já
 se ouviu um ou outro (mas só um ou outro) comunista, com os olhos um bocadinho mais abertos, dizer que Cristo foi o primeiro comunista do mundo! São bem capazes de ter razão… Se pegarem numa Bíblia e a abrirem nos evangelhos, verão que Cristo dizia para não acumular riquezas na terra, para vendermos os nossos bens e dar o dinheiro aos pobres, para amar o outro como a nós mesmos, etc.. Ensinava, portanto, a distribuir o que temos e não precisamos a quem não tem, e não andar sempre a desejar coisas de que não precisamos. Se abrirem no livro de atos dos apóstolos, verão que os primeiros convertidos aos princípios de Cristo se
 tornaram comunistas…venderam o que tinham e distribuíram o dinheiro uns pelos outros consoante as necessidades. Se me dizem que isto não é comunismo, então é o quê? Aqui está implícito, se calhar pela primeira vez na história, o velho ideal comunista de “de todos
 consoante as possibilidades, a todos consoante as necessidades”! Os comunistas soviéticos quiseram foi desligar o comunismo do nome de Cristo para, simultaneamente, desligar o comunismo de todos os princípios espirituais associados a Cristo. E tudo o que tem a ver com abolição de princípios espirituais cristãos tem carimbado as palavras “nova ordem mundial”. E se você se está a rir neste momento, ou a chamar-me fundamentalista, ou obcecado, ou antiquado, ou doidinho, ou maníaco das conspirações, ou qualquer coisa do género, é porque você, caro/a leitor/a, é realmente um/a novato/a neste tipo de assuntos. Desculpe lá se o/a ofendo.


“Mas você quer pôr toda a gente a trabalhar de graça, é isso?” Não! Estamos no século 21 (escrevo 21 e não XXI porque acho que está na hora de acabar com esse arcaísmo), e temos tecnologia para resolver o problema. Segundo consta, há, só nos EUA, mais de 6000 patentes que nunca foram “para a frente” por, alegadamente “razões de segurança nacional”.
 Pois…estou mesmo a ver a “segurança nacional” deles, estou…conservação de poder, é o que é. Essas patentes têm a ver, por exemplo, com a criação de distribuição de energia limpa, livre e grátis, e com todo o tipo de coisas que nos facilitariam a vida, nos dariam independência em relação ao poder corporativo e nos permitiriam viver num mundo “paradisíaco” saído da ficção científica. Já viram o que é um carro poder andar para sempre sem um pingo de combustível? Ou terem eletricidade à borla para o resto da vida? E o mais importante: ÁGUA E COMIDA para todos, como é direito humano, sem ter que pagar? Claro que os poderosos deste mundo não querem deixar que isso aconteça, já viram o dinheirão que iam perder? E se dinheiro é poder,lá se ia este também. “Eles vão poder viver sem precisarem de nós para mandarmos neles! Temos que impedir isto!”, pensam. E foi assim que inventores desse tipo de patentes revolucionárias viram as suas invenções compradas e nunca usadas, outros viram-nas roubadas, e outros foram mesmo mortos depois disso. Isso não lhes acontecia por causa de coisa nenhuma, pois não?...


“Ah…já percebi! Você é um simpatizante de Jacque Fresco, e do movimento Zeitgeist, e dessa coisa toda!” Não! Já fui. Até perceber que essa onda de eco-ONGs que tem vindo a surgir encaixa-se todinha na agenda das sociedades secretas (tal como a onda de movimentos “occupy”…). Fresco, Peter Joseph (o realizador de Zeitgeist) e outros que tais, em vez de se basearem nos tais princípios espirituais cristãos de que vos falei há pouco, a primeira coisa que defendem para concretizarem os seus projectos é que se deve acabar com esse tipo de pensamento e limitarem-se a tecnicismo para beneficiar toda a gente. Que contradição… porque, entre cristianismo e tecnicismo, mesmo que não o percebam, não foi com certeza o tecnicismo que os ensinou a querer resolver os problemas das pessoas com os projectos deles, ou foi?...


Eu sei que irão com certeza achar estranho que eu me ponha a defender o cristianismo, mas há coisas tão elementares que estão a ficar tão esquecidas…


“Mas onde é que você está a querer chegar com isto tudo? Você disse ao início que queria ajudar a explicar melhor qualquer coisa…” Se já se perdeu, deixe-me recapitular e
 concluir, de forma simples: 1-) O dinheiro é um meio de controlo. Para uma sociedade funcionar, não tem que existir. 2-) A livre partilha e distribuição de bens e serviços, consoante as necessidades, permitia a uma sociedade funcionar perfeitamente. 3-) Não iria haver ninguém a empobrecer com isso (ou a ser sacrificado, ou explorado) se utilizássemos de forma coerente a tecnologia que nos permite obtermos o que precisamos sem termos que pagar coisíssima nenhuma. 4-) Para que essa coerência exista é preciso relembrar os princípios de que nos esquecemos ou que nunca conseguimos colocar em prática, coisas que só aconteceram exatamente por causa dos limites que nos são impostos pelo dinheiro e por aqueles que o controlam.


“Mas você que está a falar numa sociedade baseada em princípios deve antever que uma sociedade assim degeneraria facilmente em egoísmo e hedonismo, não? E isso ia deitar tudo por terra!” Não necessariamente. Em egoísmo e hedonismo já esta sociedade degenerou. Só se mantivéssemos a ausência de valores que hoje temos é que descamba no mesmo. E por isso falo em recuperar valores perdidos.


Todas as civilizações que se esqueceram dos seus valores caíram, para serem absorvidas por um poder maior…um poder que pretende, em última instância, instaurar a nova ordem global. E por isso esse poder pretende corromper ainda mais valores. Consumismo. Imediatismo. Materialismo. É nisto que nos pretende lançar. E porque tais coisas são apresentadas de forma tão deliciosa, as pessoas caem. Olhe, lembre-se disto agora, que estamos em quadra natalícia!…


Há um jornalista famoso que um dia disse: “Pertenço a uma geração que leu Marx mas que não despreza a Bíblia.”. Creio que talvez seja esta a lição a reter.


Se gostou do que leu, por favor reencaminhe. E comente…a favor ou contra, como quiser…concorde ou discorde, complemente ou colida. Mas não faça de conta que o assunto
não importa.


E obrigado por ler.


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