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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma Casa da Rússia no Oceano Índico




Os tijolos para construir a histórica visita que o presidente Vladimir Putin da Rússia (foto) fará ao Paquistão em setembro já começaram a chegar a Islamabad. É momento de máxima importância na história e na política regionais. Será a primeira vez que um presidente russo visitará o Paquistão, desde que o país nasceu, em 1947.
Os russos estão produzindo tijolos muito resistentes para a casa que esperam erguer na região que é cabeça de praia no Oceano Índico – mansão suficientemente grande para receber os amigos dos russos, do Paquistão e dos países vizinhos, Índia, Irã e Afeganistão, que queiram conviver com os russos.

Mas... os EUA enfureceram-se, à mera visão dos tijolos russos. O ponto é que essa Casa da Rússia estará plantada no meio da estrada, sobre a Nova Rota da Seda que os EUA vêm planejando, e que tem de atravessar o Paquistão. Se o acesso ao Paquistão ficar bloqueado, será extremamente difícil para os EUA manter unidos o corpo e a alma das dezenas de milhares de soldados que os EUA esperam manter alocados no Hindu Kush e na Ásia Central, feito neopioneiros no “Oeste Selvagem” da Xingjiang chinesa e no “baixo ventre macio” da Rússia.

Em resumo, a batalha começou, pelo controle sobre o futuro do Paquistão. Há muitos interessados, e a luta à frente ameaça ser duríssima, porque no coração da disputa estão inúmeras outras questões, todas com consequências profundas na política mundial – segurança no campo da energia das duas grandes usinas da Ásia (China e Índia); o futuro do Novo Oriente Médio; e, é claro, a estratégia dos EUA para ‘conter’ Rússia e China. 
 
Moscou escalou diplomata talentoso e de vastíssima experiência, para visitar o Paquistão em maio e avaliar o terreno. É homem de cuja reputação se fazem as lendas nas montanhas do Hindu Kush – embaixador Zamir Kabulov, principal homem da Rússia no Afeganistão. Ao escalar Kabulov, Moscou declara também, gentilmente, a amplidão de suas intenções no que tenham a ver com o projeto arquitetônico: a nova mansão russa terá ares de Afeganistão.

Imediatamente depois da visita de Kabulov, os especialistas russos começaram a desembarcar no Paquistão. Trazem propostas de alta significação para a segurança e a estabilidade regionais. Moscou demarcou a questão da cooperação no campo da energia, como o fulcro da nascente cooperação com Islamabad.

Ressurge uma ideia de seis anos passados...

É decisão arguta de Moscou, porque a segurança no campo da energia é questão-chave na economia política do Paquistão, não menos importante que o terrorismo. Grandes áreas do Paquistão só têm hoje poucas horas diárias de eletricidade; e a ira popular é visível. Moscou avaliou que a segurança energética é parte essencial da capacidade do Paquistão para preservar sua “autonomia estratégica” e o status de potência sul-asiática; portanto, ao oferecer ajuda ao país nessa área, os interesses geopolíticos russos em vastas porções do Oriente Médio Expandido – do Golfo Persa à Região Autônoma de Xinjiang na China –, estarão também sendo promovidos.

Além disso, em termos imediatos, entender-se com o Paquistão está-se convertendo em imperativo para os russos, no cenário afegão pós-2014, depois de as potências ocidentais terem completado a ‘retirada’, mas quando ainda haverá ali presença militar não desprezível, sem fim previsto, de dezenas de milhares de soldados.

Rússia e Paquistão estão juntos na oposição à ocupação de longo prazo do Afeganistão, pelo ocidente: a Rússia espera influenciar as políticas paquistanesas relacionadas ao futuro do Afeganistão; por sua vez, a cooperação com o Paquistão amplia a resiliência russa total para desempenhar papel efetivo na estabilização do Afeganistão e na oferta de segurança na Ásia Central; e, do mesmo modo, um relacionamento forte com Paquistão – no campo da segurança energética, sobretudo – pode garantir aos russos mais um gancho nos laços estratégicos com outras potências regionais chaves, especialmente China, Índia, Irã e Arábia Saudita.

Por fim, mas não menos importante, o Paquistão é valioso interlocutor para os russos, no que tenha a ver com atividades e movimentos dos militantes que operam no Cáucaso Norte.

Tudo isso posto, a Rússia sopesa cuidadosamente suas opções e é avessa a embarcar em aventuras à moda da era soviética que se possam converter em drenagem de recursos. A prioridade dos líderes russos é regenerar e inovar a economia e construir força nacional; e, no caso do Paquistão, Moscou estima que aí se possa construir uma interessante parceria, de alto valor econômico para a Rússia benefício para os dois lados.

Tudo considerado, a estratégia de Moscou é desenvolver novos músculos de cooperação com o Paquistão, que sejam sustentáveis, duráveis e que operem em harmonia com as vibrantes parcerias estratégicas da Rússia com a China, a Índia e o Irã.

Dito em outros termos, a abordagem russa provê um necessário “ajuste” político-regional, ou, mesmo, é pré-requisito à iminente admissão de Paquistão e Índia como membros-plenos da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) [orig. Shanghai Cooperation Organization (SCO)].

Putin é estadista orientado para a ação. A parte triste é que se passaram seis longos anos desde que, pela primeira vez, o mesmo Putin propôs, na reunião da OCX em junho de 2006, a criação de um clube de energia dentro do grupo regional, no qual se reunissem os países produtores (Rússia, Irã e os países da Ásia Central) e os três grandes consumidores (China, Índia e Paquistão) de energia.

Naquela mesma reunião da OCX, Putin anunciou, pela primeira vez publicamente, que a empresa-leviatã da energia russa, a Gazprom, desejava participar da construção do gasoduto Irã-Paquistão-Índia, IPI. Em sua fala em 2006, Putin disse que “A Gazprom está pronta a participar e a prover assistência técnica e, se necessária, também assistência financeira; e estamos prontos a oferecer quantidades consideráveis de uma e outra, sobretudo para projeto que com certeza decolará.”[1]

A ideia de Putin é que os exportadores de petróleo e gás dentro da OCX sempre competiram por mercados promissores (como China ou Índia); para coordenar os próprios movimentos, a OCX carece de um clube de energia, que atuará como centro de coordenação, aproximando os produtores de energia e aqueles três consumidores chaves.

Outro importante ator na Ásia Central que até agora se manteve fora da OCX é o Turcomenistão – e chega a soar estranho falar em clube de energia na região, que não inclua tão poderoso produtor de gás, como o Turcomenistão. A Rússia tem algumas disputas de gás com o Turcomenistão – país com o qual, contudo, a China mantém relacionamento caloroso no campo da cooperação energética.

Desenvolvimento de alta significação, pouco noticiado, foi que o presidente chinês Hu Jintao convidou o presidente turcomeno a visitar Pequim, mês passado, quando da reunião da OCX –, convite aceito. Basta para ver que a China está interessada em harmonizar suas políticas regionais com a Rússia e pode até ajudar Moscou em seus esforços para coordenar os impulsos da segurança energética entre e com países membros e países observadores da OCX.

Detalhe surpreendente é que as propostas que os especialistas russos trouxeram a Islamabad semana passada retomam, na essência, as linhas centrais daquela proposta de Putin em 2006. Considerados os detalhes já conhecidos até agora, são as seguintes as propostas que Moscou está trazendo a Islamabad:

– A Rússia pode oferecer assistência financeira e técnica aos projetos multibilionários de importação de gás e energia para o Paquistão (o gasoduto).

– Especificamente, a Rússia tem interesse em participar dos dois grandes projetos de oleogasodutos na área, a saber, o TAPI (Turcomenistão-Afeganistão-Paquistão-Índia) e o IP [Irã-Paquistão].

– A Rússia prefere que a cooperação seja negociada no nível governamental, em negociações diretas (não em concorrências).

– A Rússia também deseja participar no projeto Ásia Central e Sul da Ásia (ACSA) [orig. Central Asia and South Asia (CASA)], originalmente aventado em 2006, para levar ao Paquistão, por linhas de transmissão que cruzarão o leste do Afeganistão, 1.000-1.300 megawatts de energia extra, nos meses do verão, a partir do Tadjiquistão e Quirguistão (projeto que tem o apoio do Banco Mundial e do Banco Islâmico de Desenvolvimento [orig. Islamic Development Bank].

– A Rússia está disposta a cooperar na exploração de petróleo, gás e minérios no Paquistão.

Não surpreendentemente, Islamabad apressou-se responder às propostas russas. Até agora, já há entendimentos, acertados nas primeiras conversações, concluídas em Islamabad na 4ª-feira:

– O Paquistão acolhe com bem-vindas as propostas russas. Especificamente, o Paquistão é favorável a negociar contratos com as empresas estatais russas de energia em contatos diretos governo-a-governo; e está disposto a adaptar a legislação vigente, para viabilizar esse processo.

Serão tomadas as providências necessárias para concluir um memorando de entendimento  que viabilize, durante a visita de Putin ao Paquistão, o processo de fazer avançar os projetos identificados: 

–  Sobre o oleogasoduto IP, o Paquistão já fez contato com os interessados nos contratos para construir o oleogasoduto (obra estimada em US$1,5 bilhão). A Gazprom russa também participará. O Paquistão tem especial interesse em propostas que tragam, atachado, o pacote de financiamento. (China e Irã também manifestaram interesse em participar desse projeto.)

Até meados de julho, o Paquistão encaminhará à Rússia, para estudo, um rascunho de acordo para assistência técnica e financeira a ser recebida dos russos, com vista ao projeto IP.

– A Rússia aceitou financiar os trabalhos de recuperação das usinas de energia de Guddu e de Muzaffargarh...

... O que enfureceu deus-todo-poderoso

Todos esses desenvolvimentos são desafio audacioso, frontal, às estratégias regionais dos EUA na Ásia e no Oriente Médio. As ramificações vão muito, muito longe.

Em primeiro lugar e a mais importante: vê-se a ‘defecção’ do Paquistão, que abandona o campo ocidental, sim. Mais que isso, contudo, o movimento dos russos aproxima-se muito, muito, de golpe “incapacitante” contra a Iniciativa Nova Rota da Seda dos EUA, pensada para conter a influência de russos e chineses na Ásia Central. Como se não bastasse, os sonhos dos EUA, de chegar aos vastos recursos minerais da Ásia Central e do Afeganistão sofrem, aí, um rude golpe.

No plano prático, a geografia do Paquistão foi a base das estratégias regionais dos EUA no Afeganistão e na Central Asia; sem a cooperação do Paquistão [pensado como não russo e não iraniano], nenhum elo de comunicação poderá ser mantido com aquelas regiões; e isso, por sua vez, ameaça ‘existencialmente’ os planos para estabelecer presença permanente de militares dos EUA e da OTAN na região que é “o coração da Eurásia”.

De fato, a segurança no campo da energia é o calcanhar de Aquiles da economia política do Paquistão e debilita a capacidade do Paquistão para desenvolver autonomia estratégica que proteja seus interesses vitais; na direção oposta, o atual déficit agudo de energia torna o Paquistão muito vulnerável a pressões dos EUA. Daí que a mão russa amiga, ainda que movida por autointeresses, terá sérios efeitos geopolíticos sobre as estratégias regionais dos EUA, uma vez que a Rússia trabalha para dar mais independência e resiliência ao Paquistão, criando espaço para que o país atravesse um estreito corredor de tempo, particularmente difícil e tormentoso, ajudando o Paquistão a sobreviver a vasto conjunto de ameaças existenciais.

Mais uma vez, a reunião de países que produzem e países que consomem energia na Ásia é o cenário de máximo pesadelo para os EUA, que temem ser excluídos da matriz de cooperação regional de países locais, onde se reúnem as economias que mais crescem no planeta. Toda a estratégia dos EUA no período pós-soviético visou a evitar essa eventualidade catastrófica, que tornaria impossível para os EUA se integrarem “no coração da Eurásia” – onde está impressionante seleção das maiores potências das próximas décadas: Rússia, China, Cazaquistão, Índia, Paquistão e Irã. (A possível admissão da Turquia como “parceiro para o diálogo” da OCX – por sugestão da China, na reunião da organização em Pequim, mês passado – também enerva terrivelmente os EUA.) 

De fato, outras várias questões também surgem. Os movimentos russos no Paquistão efetivamente contornam e neutralizam as políticas dos EUA para isolar o Irã. No caso de eclodirem hostilidades entre EUA e Irã, Washington enfrentará isolamento quase total na região entre o Golfo Persa e o Estreito de Malacca. Por outro lado, o projeto do oleogasoduto Índia-Paquistão (que parece ser prioritário tanto para a Rússia quanto para a China) terá impacto devastador na política dos EUA para o Irã, porque multiplicará várias vezes as capacidades estratégicas do Irã. Os EUA terão de considerar que é questão de tempo, para que a China seja conectada ao oleogasoduto IP. Esses laços comunicacionais efetivamente ajudam a China a reduzir sua dependência do Estreito de Malacca.

O pior de tudo: Washington não tem segurança de como a Índia abordará a mudança geopolítica emergente que a Rússia está pondo em movimento. Índia e Rússia tradicionalmente gozam de confiança e confiabilidade mútuas. Índia e Irã também têm laços fundamentalmente fortes, que resistiram à pressão dos EUA. A Índia está trabalhando independentemente a favor da normalização de suas relações com a China; e os dois países conseguiram avanços consideráveis nessa direção. (Curiosamente, as empresas estatais indianas e chinesas do setor de energia acabam de concluir um memorando de entendimento, segundo o qual se comprometem a não contestar as propostas umas das outras, em outros países, e a cooperar entre elas, inclusive nos respectivos setores domésticos.) 

Mais importante, a segurança energética está tornando-se preocupação crucial para os líderes indianos, com a economia em rápida expansão e a cada vez mais presente necessidade de garantir acesso, a preços razoáveis, a fontes de energia, convertendo-se em paixão obcecada das políticas externas da Índia. (O ministro de Assuntos Externos da Índia, S M Krishna embarca para o Tadjiquistão, fonte da energia para o Projeto ACSA, na 3ª-feira.)

As opções diplomáticas e político-militares dos EUA para conter os movimentos dos russos no Paquistão concentram-se principalmente sobre a via de influenciar as políticas do Paquistão e da Índia. Os EUA buscam uma abordagem mista para o Paquistão, alternando sinais soft e um pouco mais de músculos, que já começa a assumir vagos sinais de ameaça. Recentemente, tudo levava a crer que os EUA apresentariam, em junho, alguma espécie de pedido de desculpas pelo massacre de soldados paquistaneses num ataque militar dos EUA em novembro passado, na fronteira Afeganistão-Paquistão, depois de o Paquistão reabrir o trânsito para passagem, por seu território, dos comboios da OTAN.

Mas, depois das confabulações russo-paquistanesas, os EUA endureceram. Aconteceu mais um ataque na 2ª-feira contra soldados paquistaneses (18 dos quais foram brutalmente degolados) por grupos militantes de origem obscura que operam a partir de “paraísos seguros” dentro do Afeganistão. Não se requer grande argúcia para ver que as forças dos EUA no Afeganistão preferem não ver o que esses militantes fazem bem debaixo de seus narizes. (Esses “paraísos seguros” de militantes, curiosamente, correspondem exatamente à região pela qual passarão as linhas de transmissão do Projeto ACSA, que partem do Tadjiquistão.)

Seja como for, na quarta-feira, o comandante dos EUA no Afeganistão, John Allen, esteve no quartel-general do Paquistão em Rawalpindi, para propor ao comandante do exército paquistanês, Parvez Kayani, que os dois lados engajem-se em “operações conjuntas” contra os militantes que operam na fronteira Afeganistão-Paquistão.


Vai virar jogo de gato e rato. Os sinais são péssimos. Os incansáveis ataques dos
drones nos últimos meses desestabilizaram as áreas tribais paquistanesas adjacentes à fronteira com o Paquistão. Os drones têm provocado muitas mortes de civis, a ponto de funcionários da ONU começarem a considerar a possibilidade de classificar essas matanças ‘fantasma’ como “crimes de guerra”.

Os ataques dos drones  enfurecem a população das áreas tribais e disparam sentimentos antigoverno, enquanto Islamabad parece impotente para impedir que os EUA violem a integridade territorial do país. Muito obviamente, o Paquistão está cedendo; e os EUA não permitirão que isso continue. Tudo indica que os EUA aumentarão a pressão sobre o Paquistão e subirão calibradamente as tensões.

Uma mudança de paradigma

O xis da questão é que o “desafio estratégico” do Paquistão colheu de surpresa os EUA. Os EUA sempre contaram com a mentalidade comprador  das elites paquistanesas e, agora, de repente, foram apanhados no contrapé, ao descobrir que aquelas mesmas elites (as lideranças militares, sobretudo) já não são exatamente o que os EUA supunham que fossem.

Claro, essa é perspectiva viciada e na raiz dela está baixa disposição, de Washington, para construir avaliação honesta de porque houve, afinal, essa mudança de paradigma. Os EUA não precisarão procurar muito longe para perceber as complexidades. A mais recente pesquisa divulgada pelo Pew Global Attitudes, na 4ª-feira, mostra que 74% dos paquistaneses “odeiam” os EUA; o presidente Obama alcança índices excepcionalmente baixos de popularidade. Não por acaso, o político paquistanês atualmente mais popular é Imran Khan (70% de aprovação), cujo principal item de campanha eleitoral é que o Paquistão afaste-se da guerra do Afeganistão e exija que as tropas dos EUA façam as malas e deixem a região, por bem, com seu maquinário de guerra.

Os EUA enfrentam desafio mais complexo em relação à Índia. Washington teve a audácia de elogiar Nova Delhi recentemente, ao falar da Índia como “engrenagem” das estratégias norte-americanas na Ásia-Pacífico. Para desconsolo dos EUA, a resposta da Índia, até agora, foi um ensurdecedor silêncio, ao mesmo tempo em que o país afasta-se de qualquer ‘arranjo de gangue’ contra a China. Por outro lado, cresce a massa crítica indispensável para a normalização das relações sino-indianas. Igualmente, a Índia tem-se atentamente dedicado a proteger seu processo de diálogo com o Paquistão, contra as vicissitudes do impasse EUA-Paquistão. Mesmo em relação ao Irã, a Índia traçou limites que não serão ultrapassados e deixou claro que não será manipulada – e já se veem sinais de que Washington, afinal, entendeu.

Tudo isso posto, os EUA dedicar-se-ão a intrometer-se no diálogo Índia-Paquistão e tentarão desviar o foco, para que se abordem as questões altamente emocionais do apoio do Paquistão ao terrorismo e aos ataques dos fidayeen em Mumbai em novembro de 2008, que arranharam profundamente a psique dos indianos e levantaram novas suspeitas quanto às intenções do Paquistão.

Sobre segurança no campo da energia, os EUA têm encorajado a Arábia Saudita a ajudar mais generosamente a Índia, na esperança de encorajá-la a reduzir sua dependência do petróleo iraniano e, em termos gerais, para afastar a Índia do projeto do oleogasoduto IP. Em termos ideais, Washington buscará um abraço triplo, que aproxime EUA, Índia e Arábia Saudita, para manter os indianos longe das tentações de um clube de energia gerido pela Organização de Cooperação de Xangai.
Mas longe vão os tempo em que os EUA sabiam como os demais países reagiriam. Washington está insegura. Os indianos também têm preferências e uma queda para calar os próprios pensamentos, ao mesmo tempo em que começam a tomar decisões independentes sobre como alcançar sues objetivos nacionais, em cenário regional complicado. 


[1] Há matéria sobre isso em 21/6/2006, em http://en.rian.ru/analysis/20060621/49855458.html [NTs].
Tradução: Vila Vudu
Fonte: Irã News

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